Como você reagiria se eu aqui afirmar que o apóstolo Paulo foi o principal defensor, depois de Jesus, da inclusão das mulheres de modo ativo nas comunidades cristãs que foram sendo fundadas em seu tempo? Seria de estranhamento, creio. Entretanto, afirmo: esta é hoje a minha convicção. Lamentavelmente, poucas figuras de destaque na história foram tão menosprezadas como ele, quando o assunto é a dignidade e o lugar das mulheres nos diferentes contextos sociais. Seus textos que recomendam sua submissão aos maridos provocam horror ao nosso modo contemporâneo de pensar; não os compreendemos.
A Bíblia nos traz um precioso testemunho da Palavra de Deus, para meditarmos sobre o significado permanente da Reforma Evangélica, iniciada por Martim Lutero : “O Senhor disse a Paulo: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza (2 Co 12.9) ”. O apóstolo Paulo é pessoa de história repleta de bons e maus momentos. Podemos ler também em seus relatos autobiográficos que ele se entendia como alguém extremante justo, irrepreensível e acima da média moral em relação aos membros do seu povo.
O que caracteriza uma pessoa é que ela é levada a agir por meio de motivações não completamente decifráveis. Não é possível compreendê-la por inteiro aplicando-se o método de aproximação de causa e efeito. Diferentes pessoas tomam direções opostas em situações que se apresentam idênticas. A mesma e única pessoa pode reagir a uma ofensa com um rompante raivoso ou com consideração e tolerância, sem que a isto se possa oferecer uma explicação razoável. É falsa a promessa que hoje se espalha por todos os lugares, de que seja possível oferecer um instrumento de inteligência artificialmente programado para interagir com os humanos em um mesmo nível.
Chama à nossa atenção que o termo “líder/liderança” e nem mesmo o verbo “liderar” aparecem no Novo Testamento. Contudo, no Antigo Testamento, eles são bem frequentes. E geralmente estão associados a uma liderança político-social associado à uma liderança religiosa; ou...
– Eu odeio meu irmão!!! Quero que ele morra!!! Nunca mais quero ver a cara dele!!! Quantas vezes escutamos essa frase saindo da boca de um filho e ficamos aterrorizados com a possibilidade de nossos filhos desenvolverem um conflito irreconciliável. Em algumas...